Réquiem no Declare Certo




No site http://www.declarecerto.com.br/ você descobre como transformar o seu Imposto de Renda em Cultura!


Você pode patrocinar Réquiem a excursionar pelo Brasil. Acesse e confira! 


Informações, também, na barra lateral.

RÉQUIEM em Curitiba

Sesi Cultural leva RÉQUIEM ao palco do CIETEP 



Dias 06/08 (sábado) às 20h e 07/08 (domingo) às 19h

Local: SESI / CIETEP – auditório Mario de Mari
Endereço: Rua Doutor Heleno da Silveira, 343 - Boqueirão | Telefone: (41) 3271-8921
Preço: $ 30 (inteira) $ 15 (meia entrada)

Informações: 3222 0355 - Estacionamento no local.




Com André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabricio Licursi, Felipe Schermann, Márcia de Oliveira e Priscilla Herrerias 




TURNÊ 2010 – ESTADO DE SÃO PAULO *



Dia 05 de dezembro, domingo, às 19h, Santo André. 

Entrada Franca!



Com: André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Felipe Schermann, 
Fernanda Viacava, Marcio Castro e Priscilla Herrerias 



Teatro Conchita de Moraes / Escola Livre de Teatro
Praça Rui Barbosa, 12
Santa Terezinha, Santa André, SP
Duração – 75 minutos. Classificação etária: 14 anos. 
Após o espetáculo, haverá debate com o grupo


Entrada Franca – retirar ingresso com 1 hora de antecedência no local


Informações
Tel.: (11) 4996-2164
escolalivre@ig.com.br
www.escolalivredeteatro.blogspot.com



*Apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural – 2010



Temporada no Parlapatões


EXTRA!!!!



RÉQUIEM 

em

CURTÍSSIMA TEMPORADA  

ESPAÇO PARLAPATÕES




DE 12 DE NOVEMBRO A 10 DE DEZEMBRO


SEXTAS-FEIRAS, 21H



Dedicado ao 150º aniversário de nascimento de 

Anton Tchekhov (1860-1904)



E no dia 26/11 participa 




Sextas, às 21h
Temporada de 12 de novembro a 10 de dezembro.



Ingressos a R$ 30,00 e R$ 15,00
Duração – 75 minutos. Classificação etária: 14 anos



Espaço Parlapatões
Praça Franklin Roosevelt, 158, Centro – São Paulo 
(96 lugares) 


Informações: (11) 3258-4499
Terça a domingo, 
das 16h às 22h

Compre também pela 
Ingresso Rápido 
(11) 40031212 

www.ingressorapido.com.br




www.parlapatoes.com.br 


Estacionamento: Convênio com estacionamento na rua Nestor Pestana, 129 






17º Floripa Teatro – Edição 2010



Réquiem participa do 17º Floripa Teatro - Festival Isnard Azevedo 




Dias 14 e 15 de setembro de 2010, às 20h30
Teatro Álvaro de Carvalho
Rua Marechal Guilherme, nº 26 
CEP 88015-000 - Centro - Florianópolis - SC  


Bate-papo sobre Processo de Montagem 
15 de setembro, às 15h
Casa da Memória

Informações: (048) 3028-8070 / 3028-8071

Réquiem na Caixa Cultural



RÉQUIEM


de Hanoch Levin


direção de Francisco Medeiros



com André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fábio Ock,
Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias



Dias 18 e 19/06, às 19h e 20/06, às 18h

Entrada Franca – retirar convites com 1h de antecedência





Caixa Cultural São Paulo - Sé
100 lugares
Praça da Sé, 111 - São Paulo – SP
Metrô Sé
Informações: (11) 3321 4400
www.caixa.gov.br/caixacultural

Matéria Estadão

Projeto aprovado na Lei Rouanet

Em 2010, está em curso a captação de recursos para a turnê do espetáculo RÉQUIEM por 12 capitais brasileiras. O projeto Circulação da Peça Teatral Réquiem, PRONAC 092365, está aprovado pela Lei Rouanet.

Para ter mais informações do projeto, acesse o site do Ministério da Cultura - http://www.cultura.gov.br/ - e no lado direito da tela clique em Acompanhamento de Projetos, embaixo do ícone Salic Web ou clique aqui.

Preencha o campo Nº Projeto com o Nº 092365 (PRONAC).

Para pessoas e empresas interessadas, o valor doado, através da Lei Rouanet, pode ser 100% deduzido no imposto de renda, desde que não ultrapasse o limite de 6% do IR para pessoas físicas e 4% para empresas. Mais informações, entre em contato por email espetaculorequiem@gmail.com

3º Prêmio Contigo! de Teatro


O espetáculo "Réquiem" está indicado em três categorias ao 3º Prêmio Contigo! de Teatro:


Melhor Espetáculo - Drama,

Melhor Figurino: Inês Sacay,

Melhor Cenário: Mauro Martorelli.

Para votar no Réquiem como Melhor Espetáculo acesse a página:
http://contigo.abril.com.br/premio/teatro/enquete/201791_pergunta.shtml


Hanoch Levin ausculta a dor e Francisco Medeiros a põe em relevo.

Desde o primeiro minuto, sob blecaute e sons guturais, “Réquiem” firma um pacto visual e espiritual com o espectador, instado a testemunhar uma viagem feita de esgotamentos, compaixões poucas e gritos parados no ar. O silêncio intermitente permite até ouvir a respiração do outro, conquanto artifício de ressonância da intérprete para indicar enfermidade. Um silêncio delicado, taciturno até, mas inspirador diante da contemporaneidade tão ruidosa, e não só lá fora: durante a sessão, no Teatro Municipal, o celular de um dono desatento toca e presta seu desserviço ao teatro e ao coletivo do qual faz parte.

Mas seguimos a cadência introspectiva no ritmo das palavras, no movimento dos atores, no estado de inércia - também ela, inércia, uma resistência ao aceleramento/atropelamento de cucas. O compasso é lasso, todo ele colado ao verbo, aos diálogos e pontos narrativos do belo texto de Hanoch Levin, esse autor israelense até então inédito no Brasil, morto dez anos atrás. Isso, por si só, confere interesse à iniciativa da jovem Companhia do Lazzo que convida o diretor Francisco Medeiros a se debruçar, juntos, sobre a condição da finitude.

(Curiosamente, “lazzo” é expressão italiana oriunda da Commedia Dell’Arte que, em resumo, evidencia a ação física no jogo do ator, uma disposição para o improviso e a brincadeira que, na montagem em questão, passa ao largo porque deslocada dos temas).

O espectro de Anton Tchékhov ronda o palco. Nessa que é uma das suas últimas peças, para a qual chegou a fazer indicações de direção no leito de hospital, Levin evoca o escritor russo da virada do século XIX para o XX. Congrega três contos dele como inspiração para descortinar a vida de seres que parecem contemplar a vida de soslaio, sem objetivo. É chocante quando ouvimos o carpinteiro dar-se conta de que se passaram 52 anos e ele não prestou atenção aos mínimos desejos de sua mulher que agora acorre em busca de médico. Nem ela meditou sobre o tédio a dois, aceitando-o tão somente. A vida nem tudo remedeia.

Esse fazedor de caixão – ironia absoluta – é quem ancora o enredo. Depois de enterrar a mulher, será ele mesmo a lidar com a proximidade da morte ou revestir-se de anjo para uma moça que traz no colo um filho por um fio: um bebê de seis meses atingido em seu rosto por um balde de água fervendo. Essa imagem lancinante, enunciada, resume o estado de horrores a que Levin parece referir-se em sua dramaturgia de urgência. Ela às vezes é cutânea. Ao que nem sempre a corporeidade dos atores acompanha.

Os sete - alguns com idade décadas atrás do personagem, aspecto positivo na criação - compõem com sutileza esse primeiro ponto de vista, o da insensibilidade que impulsiona as pessoas a deixar-se ir pela vida e não tomar as rédeas, ruminando resignações, afasias. Mas há momentos em que os personagens, súbito, despertam desse sono profundo, como nos rompantes oníricos (e paradoxais), encontros de um quê lisérgico com seres fantásticos. Seria o caso de explicitar essa tensão, contrastar as pulsações interiores por meio dessas figuras. No entanto, corpo e voz pouco variam da conhecida toada de realidades cênicas já introduzidas, quando esses lugares de alteridade são dispostos com incisão pela dramaturgia, mas isso não arvorece nem com os querubins da floresta.

Na cenografia, o signo mais presente é a mala. São muitas. O objeto tem a ver com o ser viajante, o passante de um ponto a outro, às vezes sem jamais carimbar a volta. A carruagem é sugerida com um alinhamento geométrico de pessoas e malas que a conformam como tal. Mas essa boa idéia esgota-se quando repetida três, quatro vezes. Inclusive outro estranhamento de extrema delicadeza, a miniatura de um cavalo à frente do veículo, remetendo à tração animal. Quem sabe, duas carruagens em ângulos, tamanhos e desenhos distintos dariam conta do recado.

Ainda assim, qual pintor com a paleta em punho, Francisco Medeiros imprime as devidas cores à paisagem humana traçada por Hanoch Levin. A poesia etérea é imanente, tributária da linhagem tchekhoviana. As histórias tocam. Auscultá-las é conhecer certas dores do mundo. Como a solidão do cocheiro à qual ninguém dá ouvidos. Desfilam homens e mulheres subtraídos ora pelo desejo ora pela sua falta. “Quando é que a gente aposenta os desejos?”, ouve-se a certa altura. O espectador pisa o hospital do outro e testemunha sem compressas frias.

VALMIR SANTOS.