RÉQUIEM DE VOLTA EM NOVA TEMPORADA - De 07 a 30 de agosto / 2009 - FUNARTE - SP -



***ÚLTIMA SEMANA - NÃO PERCAM!***
TEMPORADA FUNARTE:
De 07 a 30 de agosto.




Sextas e sábados, às 21h e domingos às 20h.

Duração – 60 minutos. Classificação etária: 14 anos.

Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00



Complexo Cultural Funarte São Paulo. Alameda Al. Nothmann, 1.058, Campos Elíseos (próximo à estação Marechal Deodoro do Metrô). Informações: (11) 3662-5177. A bilheteria abre uma hora antes do espetáculo.

RÉQUIEM NO FESTIVAL DE PRESIDENTE PRUDENTE


O espetáculo RÉQUIEM foi um dos selecionados para a XVI edição do FENTEPP - Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, a se realizar de 21 a 29 de agosto de 2009.


Quando:
27/08/2009 - quinta-feira, 20h

Onde:
TEATRO CÉSAR CAVA
(UNOESTE) Rua José Bongiovani, 700Jardim BongiovaniFone: (018) 3229-1063
Presidente Prudente

Central de informações:
(018) 3226-3399
http://www.fentepp.com.br/

MUITO ALÉM DOS MUROS DE JERUSALÉM


MATÉRIA DA REVISTA "SHALOM"

Em 2009, dez anos após sua morte, o público brasileiro tem a oportunidade de assistir à primeira encenação de uma obra de Hanoch Levin em solo nacional.

Por Irani Harari

O que existe além de Dibuk ou O Violinista no Telhado? Existe produção teatral e dramatúrgica em Israel hoje? De que falam as obras? Qual é a sua repercussão no mundo? Para dar conta destes questionamentos, duas atrizes e produtoras, Dinah Feldman e Priscilla Herrerias, começaram a pesquisar o teatro israelense contemporâneo. “Começamos pela internet, que nos deu um panorama muito maior do que podíamos imaginar! Depois, entramos em contato com o Teatro Cameri, de Tel Aviv e o senhor Ifat Tubi nos enviou algumas peças para conhecermos um pouco da produção local”, conta Priscilla. “Foi desse rol de peças que encontramos e escolhemos Réquiem, de Hanoch Levin, para montar no Brasil”, acrescenta Dinah.

A montagem do espetáculo Réquiem foi uma das produções vencedoras do 2ª Concurso Centro da Cultura Judaica de Montagem Teatral e estreou em São Paulo, em janeiro de 2009, no Centro Cultural São Paulo e está em cartaz em sua segunda temporada no Teatro João Caetano (mais informações no serviço abaixo). “O apoio do Centro da Cultura Judaica (CCJ) foi fundamental para viabilizar a produção. Nos últimos anos, o CCJ tem trazido importantes peças ao público brasileiro através do Ciclo de Dramaturgos Israelenses, onde fizemos também uma leitura de Réquiem, antes da estréia da peça”, salienta Dinah.

“Hanoch Levin é daqueles artistas impossíveis de serem enquadrados numa escola ou num estilo”, conta Francisco Medeiros, diretor da montagem brasileira. Nascido em 18 de dezembro de 1943, Hanoch Levin é filho de emigrantes poloneses sobreviventes do Holocausto. Com a morte prematura do pai, logo cedo teve que trabalhar e passou a juventude nas áreas pobres de Tel Aviv. Depois do serviço militar obrigatório, estudou Filosofia e Literatura Hebraica na Universidade de Tel Aviv e, mais tarde, passou a se dedicar ao teatro.

Ativista incansável, Levin nunca economizou palavras ou imagens para suturar com bisturi afiado o corpo da civilização atual e, mais particularmente as contradições do seu povo. É reconhecido mundialmente como um dos artistas mais inquietantes da literatura e da cena contemporâneas, tendo publicado peças, esquetes, romances, poesia e canções. “Como não podia deixar de ser num artista engajado explicitamente com seu mundo, a morte e a violência são personagens recorrentes, utilizados para denunciar a arbitrariedade, a intolerância e o autoritarismo”, completa Francisco.

A obra teatral de Levin constitui-se de 63 peças, das quais vinte ainda permanecem inéditas. Além de escritor foi também diretor de 22 de suas peças, função que desempenhava também com rigor e ousadia. Ao contrário de muitos autores, Levin não deixou para trás gavetas cheias de material. Nos últimos anos de sua vida, foram publicados 17 volumes de seu trabalho: 11 volumes de peças teatrais, 3 de prosa, 2 de pequenas cenas e canções e um volume de poemas. Há ainda dois volumes de livros para crianças. Levin morreu em 18 de agosto de 1999, vítima de um câncer depois de longa agonia.

“Um dos maiores dramaturgos que Israel teve”, disse Ehud Barak, então Primeiro-Ministro de Israel, à época da morte de Levin. “Ele nos mostrou como realmente somos, enquanto ainda estávamos dizendo ‘não, nós não somos assim’. Ele nos salvou, porque sem ele nós não saberíamos que a úlcera, social e política, estava prestes a explodir”, completou Yossi Sarid, então Ministro da Educação, em 1999.

A exuberância de suas obras contrasta com seu temperamento discreto, sem atração pelas luzes da mídia. Hanoch Levin concedeu pouquíssimas entrevistas em seus mais de 30 anos de trabalho ininterrupto, e dizia sempre que suas obras já falavam tudo que tinha a dizer. Esta timidez contrasta com a eloqüência de seus personagens que nunca poupam nada nem ninguém quando manifestam suas opiniões a respeito do homem e da vida.

Revisor obstinado de seus escritos, como encenador Levin era visto com freqüência nas últimas fileiras da platéia assistindo e tentando convencer os intérpretes a se manterem abertos a permanentes reformulações. Agarrado à vida com unhas e dentes, Levin ensaiava até a última sessão de uma temporada, assim como se manteve em atividade até quase o último suspiro.
Réquiem é uma de suas últimas peças e foi dirigida pelo autor do leito do hospital. A encenação feita para o Teatro Cameri – uma das mais importantes companhias do teatro israelense - permanece até hoje no repertório, tendo recebido inúmeros prêmios e apresentada nos mais importantes festivais do mundo e em constantes excursões pelo Oriente e pelo Ocidente.

Inspirada em três contos do mestre russo Anton Tchékhov, Réquiem é uma combinação inusitada de comédia, poesia, magia e drama. Estruturada em 15 cenas curtas como um afresco de imagens alinhavadas por um eixo central, a história versa sobre a desilusão de um marceneiro, artesão de caixões, que, ao chegar à velhice, depara-se com a solidão e a sucessão de perdas que acumulou ao longo dos anos. A morte da mulher - com a qual conviveu por 52 anos, mas que nunca lhe despertou um gesto de afeto - desencadeia um gradativo processo de sensibilização e encontros que culminará com o enfrentamento de sua própria morte.

“O espetáculo Réquiem já esteve no Centro Cultural São Paulo, no SESC Santos e agora segue no Teatro João Caetano, em São Paulo, e em todas as apresentações que realizamos pudemos comprovar o impacto do espetáculo, sempre com um retorno muito positivo do público e da crítica”, conta Priscilla.

“Réquiem aborda questões fundamentais da existência humana, sendo a principal delas, o significado da morte e da vida. Nada de novo ou revolucionário na temática de Hanoch Levin. Mas, como ocorre frequentemente com os grandes mestres, Réquiem é uma obra que fascina, seja pela franqueza com que aborda temas universais, seja pela beleza das imagens que sugere. Aos espectadores fica uma sensação: a de um encontro aberto e direto com o mistério, com uma constelação de homens e mulheres imbuídos da certeza de que a vida será sempre um eterno embate entre ignorância e conhecimento. Em meio a esta certeza, aparece o sonho, que faz com que estes mesmos homens e mulheres não admitam abrir mão da esperança, mesmo sabedores de que o horizonte é feito de obstáculos, às vezes, inevitáveis”, acrescenta Francisco Medeiros.
Com algumas apresentações já agendadas pelo interior de São Paulo, em unidades do SESC, a produção planeja agora uma turnê por diversas cidades brasileiras, em diferentes estados.

“Estamos certos de que Réquiem é um espetáculo que dialoga abertamente com os mais
diferentes públicos, de diversas faixas etárias, classes sociais ou grau de instrução. Réquiem afeta o que há de mais reveladoramente humano - os sentimentos, as sensações e a simplicidade e fragilidade do simples fato de estarmos vivos”, conclui Dinah, que neste momento está em busca de patrocinadores para esta nova etapa do projeto.

O projeto de Circulação da peça teatral Réquiem está inscrito na Lei de Incentivo Fiscal à Cultura, Lei Rouanet, que permite que pessoas física e jurídica patrocinem produtos culturais, obtendo para isso isenção fiscal. "O apoio da iniciativa privada é fundamental para a execução do projeto e para o fomento da produção cultural do país. Acredito que associar a marca de uma empresa com um texto que nos toca tão profundamente é, sem dúvida, uma maneira eficiente e especial de promoção e divulgação", afirma Priscilla.

Empresas e pessoas interessadas podem contatar a produção do espetáculo Réquiem pelo email espetaculorequiem@gmail.com

Algumas manifestações da Crítica Internacional:

“Uma majestosa tapeçaria poética com vida sobre o palco”. (The London Guardian).
“Por um teatro como esse você pode esperar anos, às vezes uma vida inteira.” (Polin, 2001).
“Uma dupla experiência especial: Réquiem é uma peça que une Beckett e Brecht – como se seus espíritos estivessem pelo hall do teatro”. (Germany, Hannoversche Allgemeine Zeitung, 2000).
“A morte aqui não é somente bonita e poética. Mas também uma grande vitória teatral” (Ma’ariv).
“Vá e assista a essa peça. É uma das melhores escritas por Hanoch Levin”. (Ha’aretz).
“Com Réquiem, Hanoch Levin atinge seu auge na arte do teatro”. (Jerusalem Post).

Algumas manifestações da Crítica Nacional:

Jovens atores fazem um belo espetáculo sob a direção de Francisco Medeiros. Obra construída de semitons, o texto caiu nas mãos certas de jovens intérpretes que tateiam o palco com uma feliz descoberta, disponíveis e intensos. A encenação tem o mérito de dominar o que é sépia, silêncio, apenas sonata, o que transparece na interpretação de Francisco (Chico) Carvalho, o fazedor de caixões, um talento tranquilo e firme. Em sintonia com ele estão André Blumenschein, Dinah Feldman, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Priscila Herrerias e Fernanda Viacava. (Jefferson Del Rios. Jornal O Estado de S. Paulo)

Ontem fui assistir a um espetáculo este sim brilhante – Réquiem, do dramaturgo israelense Hanoch Levin, em cartaz no Centro Cultural São Paulo.
Eu não acho que nada na vida seja obrigatório, mas se for possível abrir uma exceção aqui, eu diria que Réquiem é um espetáculo obrigatório. (Sérgio Roveri. Jornalista e Dramaturgo)
Sob a detalhista e inspirada direção de Francisco Medeiros, a montagem emociona e, sobretudo, desperta um interesse maior diante do autor. (Dirceu Alves Jr. Crítico Revista Veja SP)

A peça de Levin tem ótima direção do experiente Francisco (ou Chiquinho)
Medeiros, assim como jovens atores que prometem: Chico Carvalho está maravilhoso como todas as vezes que o vimos em cartaz, outros atores também dão conta do recado. É o caso de Dinah Feldman, André Blumenschein, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias. Quem gosta de teatro muito dramático não deve perder. Não só pela modernidade do texto escrito há exatos dez anos, como pelo talento da moçada. (Maria Lúcia Candeias. Doutora em teatro pela USP, professora da Unicamp, crítica do site Aplauso Brasil e membro da Comissão do Prêmio APCA.)

Tive o prazer de prestigiar a estréia do espetáculo Réquiem no Centro Cultural São Paulo, dirigido por Francisco Medeiros, um artista que está sempre em atividade. Chico Medeiros é um diretor que sempre valoriza a interpretação do ator e desta vez não foi diferente. Os atores fogem do estereótipo e valorizam as emoções dos personagens. O cenário vai se transformando a partir da manipulação dos objetos de cena e os figurinos caracterizam adequadamente os personagens. A trilha e a luz enfatizam na encenação a dualidade entre a vida dura e o lúdico da morte. (Nanda Rovere. Jornal Spiner)

Quem conduz as histórias de uma maneira ou outra é o Velho, que ganha vida com a interpretação forte e graciosa de Chico Carvalho. (Fabiana Seragusa. Folha Online)

SERVIÇO:
RÉQUIEM


Até 31 de maio de 2009.
Teatro João Caetano. Rua Borges Lagoa, 650 - (11) 5549-1744.
Elenco: André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabricio Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias.
Sextas e sábados, às 21h e domingos às 19h.
Duração: 60 minutos. Classificação etária: 14 anos.
Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00.
BLOG: http://www.requiemlevin.blogspot.com/