3º Prêmio Contigo! de Teatro


O espetáculo "Réquiem" está indicado em três categorias ao 3º Prêmio Contigo! de Teatro:


Melhor Espetáculo - Drama,

Melhor Figurino: Inês Sacay,

Melhor Cenário: Mauro Martorelli.

Para votar no Réquiem como Melhor Espetáculo acesse a página:
http://contigo.abril.com.br/premio/teatro/enquete/201791_pergunta.shtml


Hanoch Levin ausculta a dor e Francisco Medeiros a põe em relevo.

Desde o primeiro minuto, sob blecaute e sons guturais, “Réquiem” firma um pacto visual e espiritual com o espectador, instado a testemunhar uma viagem feita de esgotamentos, compaixões poucas e gritos parados no ar. O silêncio intermitente permite até ouvir a respiração do outro, conquanto artifício de ressonância da intérprete para indicar enfermidade. Um silêncio delicado, taciturno até, mas inspirador diante da contemporaneidade tão ruidosa, e não só lá fora: durante a sessão, no Teatro Municipal, o celular de um dono desatento toca e presta seu desserviço ao teatro e ao coletivo do qual faz parte.

Mas seguimos a cadência introspectiva no ritmo das palavras, no movimento dos atores, no estado de inércia - também ela, inércia, uma resistência ao aceleramento/atropelamento de cucas. O compasso é lasso, todo ele colado ao verbo, aos diálogos e pontos narrativos do belo texto de Hanoch Levin, esse autor israelense até então inédito no Brasil, morto dez anos atrás. Isso, por si só, confere interesse à iniciativa da jovem Companhia do Lazzo que convida o diretor Francisco Medeiros a se debruçar, juntos, sobre a condição da finitude.

(Curiosamente, “lazzo” é expressão italiana oriunda da Commedia Dell’Arte que, em resumo, evidencia a ação física no jogo do ator, uma disposição para o improviso e a brincadeira que, na montagem em questão, passa ao largo porque deslocada dos temas).

O espectro de Anton Tchékhov ronda o palco. Nessa que é uma das suas últimas peças, para a qual chegou a fazer indicações de direção no leito de hospital, Levin evoca o escritor russo da virada do século XIX para o XX. Congrega três contos dele como inspiração para descortinar a vida de seres que parecem contemplar a vida de soslaio, sem objetivo. É chocante quando ouvimos o carpinteiro dar-se conta de que se passaram 52 anos e ele não prestou atenção aos mínimos desejos de sua mulher que agora acorre em busca de médico. Nem ela meditou sobre o tédio a dois, aceitando-o tão somente. A vida nem tudo remedeia.

Esse fazedor de caixão – ironia absoluta – é quem ancora o enredo. Depois de enterrar a mulher, será ele mesmo a lidar com a proximidade da morte ou revestir-se de anjo para uma moça que traz no colo um filho por um fio: um bebê de seis meses atingido em seu rosto por um balde de água fervendo. Essa imagem lancinante, enunciada, resume o estado de horrores a que Levin parece referir-se em sua dramaturgia de urgência. Ela às vezes é cutânea. Ao que nem sempre a corporeidade dos atores acompanha.

Os sete - alguns com idade décadas atrás do personagem, aspecto positivo na criação - compõem com sutileza esse primeiro ponto de vista, o da insensibilidade que impulsiona as pessoas a deixar-se ir pela vida e não tomar as rédeas, ruminando resignações, afasias. Mas há momentos em que os personagens, súbito, despertam desse sono profundo, como nos rompantes oníricos (e paradoxais), encontros de um quê lisérgico com seres fantásticos. Seria o caso de explicitar essa tensão, contrastar as pulsações interiores por meio dessas figuras. No entanto, corpo e voz pouco variam da conhecida toada de realidades cênicas já introduzidas, quando esses lugares de alteridade são dispostos com incisão pela dramaturgia, mas isso não arvorece nem com os querubins da floresta.

Na cenografia, o signo mais presente é a mala. São muitas. O objeto tem a ver com o ser viajante, o passante de um ponto a outro, às vezes sem jamais carimbar a volta. A carruagem é sugerida com um alinhamento geométrico de pessoas e malas que a conformam como tal. Mas essa boa idéia esgota-se quando repetida três, quatro vezes. Inclusive outro estranhamento de extrema delicadeza, a miniatura de um cavalo à frente do veículo, remetendo à tração animal. Quem sabe, duas carruagens em ângulos, tamanhos e desenhos distintos dariam conta do recado.

Ainda assim, qual pintor com a paleta em punho, Francisco Medeiros imprime as devidas cores à paisagem humana traçada por Hanoch Levin. A poesia etérea é imanente, tributária da linhagem tchekhoviana. As histórias tocam. Auscultá-las é conhecer certas dores do mundo. Como a solidão do cocheiro à qual ninguém dá ouvidos. Desfilam homens e mulheres subtraídos ora pelo desejo ora pela sua falta. “Quando é que a gente aposenta os desejos?”, ouve-se a certa altura. O espectador pisa o hospital do outro e testemunha sem compressas frias.

VALMIR SANTOS.

"RÉQUIEM" É INDICADO EM 3 CATEGORIAS AO PRÊMIO COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO 2009.


Espetáculo indicado ao Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro

*Melhor Direção

*Grupo ou companhia revelação

*Melhor trabalho apresentado em teatro convencional

E ainda: "RÉQUIEM" indicado em 2 categorias ao PRÊMIO SHELL:

A montagem do espetáculo Réquiem está entre os indicados da 22ª edição do Prêmio Shell de Teatro de São Paulo, nas categorias Melhor Direção / Francisco Medeiros e Melhor Figurino / Inês Sacay. E recebeu, também três indicações ao Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2009 nas categorias Direção / Francisco Medeiros, Trabalho apresentado em sala convencional e Grupo ou Companhia revelação (Cia Lazzo).

PRÊMIO SHELL DE TEATRO DE SÃO PAULO:

Site do Prêmio: www.shell.com.br/teatro

PRÊMIO COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO:

Site do Prêmio: www.cooperativadeteatro.com.br

RÉQUIEM DE VOLTA EM NOVA TEMPORADA - De 07 a 30 de agosto / 2009 - FUNARTE - SP -



***ÚLTIMA SEMANA - NÃO PERCAM!***
TEMPORADA FUNARTE:
De 07 a 30 de agosto.




Sextas e sábados, às 21h e domingos às 20h.

Duração – 60 minutos. Classificação etária: 14 anos.

Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00



Complexo Cultural Funarte São Paulo. Alameda Al. Nothmann, 1.058, Campos Elíseos (próximo à estação Marechal Deodoro do Metrô). Informações: (11) 3662-5177. A bilheteria abre uma hora antes do espetáculo.

RÉQUIEM NO FESTIVAL DE PRESIDENTE PRUDENTE


O espetáculo RÉQUIEM foi um dos selecionados para a XVI edição do FENTEPP - Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente, a se realizar de 21 a 29 de agosto de 2009.


Quando:
27/08/2009 - quinta-feira, 20h

Onde:
TEATRO CÉSAR CAVA
(UNOESTE) Rua José Bongiovani, 700Jardim BongiovaniFone: (018) 3229-1063
Presidente Prudente

Central de informações:
(018) 3226-3399
http://www.fentepp.com.br/

MUITO ALÉM DOS MUROS DE JERUSALÉM


MATÉRIA DA REVISTA "SHALOM"

Em 2009, dez anos após sua morte, o público brasileiro tem a oportunidade de assistir à primeira encenação de uma obra de Hanoch Levin em solo nacional.

Por Irani Harari

O que existe além de Dibuk ou O Violinista no Telhado? Existe produção teatral e dramatúrgica em Israel hoje? De que falam as obras? Qual é a sua repercussão no mundo? Para dar conta destes questionamentos, duas atrizes e produtoras, Dinah Feldman e Priscilla Herrerias, começaram a pesquisar o teatro israelense contemporâneo. “Começamos pela internet, que nos deu um panorama muito maior do que podíamos imaginar! Depois, entramos em contato com o Teatro Cameri, de Tel Aviv e o senhor Ifat Tubi nos enviou algumas peças para conhecermos um pouco da produção local”, conta Priscilla. “Foi desse rol de peças que encontramos e escolhemos Réquiem, de Hanoch Levin, para montar no Brasil”, acrescenta Dinah.

A montagem do espetáculo Réquiem foi uma das produções vencedoras do 2ª Concurso Centro da Cultura Judaica de Montagem Teatral e estreou em São Paulo, em janeiro de 2009, no Centro Cultural São Paulo e está em cartaz em sua segunda temporada no Teatro João Caetano (mais informações no serviço abaixo). “O apoio do Centro da Cultura Judaica (CCJ) foi fundamental para viabilizar a produção. Nos últimos anos, o CCJ tem trazido importantes peças ao público brasileiro através do Ciclo de Dramaturgos Israelenses, onde fizemos também uma leitura de Réquiem, antes da estréia da peça”, salienta Dinah.

“Hanoch Levin é daqueles artistas impossíveis de serem enquadrados numa escola ou num estilo”, conta Francisco Medeiros, diretor da montagem brasileira. Nascido em 18 de dezembro de 1943, Hanoch Levin é filho de emigrantes poloneses sobreviventes do Holocausto. Com a morte prematura do pai, logo cedo teve que trabalhar e passou a juventude nas áreas pobres de Tel Aviv. Depois do serviço militar obrigatório, estudou Filosofia e Literatura Hebraica na Universidade de Tel Aviv e, mais tarde, passou a se dedicar ao teatro.

Ativista incansável, Levin nunca economizou palavras ou imagens para suturar com bisturi afiado o corpo da civilização atual e, mais particularmente as contradições do seu povo. É reconhecido mundialmente como um dos artistas mais inquietantes da literatura e da cena contemporâneas, tendo publicado peças, esquetes, romances, poesia e canções. “Como não podia deixar de ser num artista engajado explicitamente com seu mundo, a morte e a violência são personagens recorrentes, utilizados para denunciar a arbitrariedade, a intolerância e o autoritarismo”, completa Francisco.

A obra teatral de Levin constitui-se de 63 peças, das quais vinte ainda permanecem inéditas. Além de escritor foi também diretor de 22 de suas peças, função que desempenhava também com rigor e ousadia. Ao contrário de muitos autores, Levin não deixou para trás gavetas cheias de material. Nos últimos anos de sua vida, foram publicados 17 volumes de seu trabalho: 11 volumes de peças teatrais, 3 de prosa, 2 de pequenas cenas e canções e um volume de poemas. Há ainda dois volumes de livros para crianças. Levin morreu em 18 de agosto de 1999, vítima de um câncer depois de longa agonia.

“Um dos maiores dramaturgos que Israel teve”, disse Ehud Barak, então Primeiro-Ministro de Israel, à época da morte de Levin. “Ele nos mostrou como realmente somos, enquanto ainda estávamos dizendo ‘não, nós não somos assim’. Ele nos salvou, porque sem ele nós não saberíamos que a úlcera, social e política, estava prestes a explodir”, completou Yossi Sarid, então Ministro da Educação, em 1999.

A exuberância de suas obras contrasta com seu temperamento discreto, sem atração pelas luzes da mídia. Hanoch Levin concedeu pouquíssimas entrevistas em seus mais de 30 anos de trabalho ininterrupto, e dizia sempre que suas obras já falavam tudo que tinha a dizer. Esta timidez contrasta com a eloqüência de seus personagens que nunca poupam nada nem ninguém quando manifestam suas opiniões a respeito do homem e da vida.

Revisor obstinado de seus escritos, como encenador Levin era visto com freqüência nas últimas fileiras da platéia assistindo e tentando convencer os intérpretes a se manterem abertos a permanentes reformulações. Agarrado à vida com unhas e dentes, Levin ensaiava até a última sessão de uma temporada, assim como se manteve em atividade até quase o último suspiro.
Réquiem é uma de suas últimas peças e foi dirigida pelo autor do leito do hospital. A encenação feita para o Teatro Cameri – uma das mais importantes companhias do teatro israelense - permanece até hoje no repertório, tendo recebido inúmeros prêmios e apresentada nos mais importantes festivais do mundo e em constantes excursões pelo Oriente e pelo Ocidente.

Inspirada em três contos do mestre russo Anton Tchékhov, Réquiem é uma combinação inusitada de comédia, poesia, magia e drama. Estruturada em 15 cenas curtas como um afresco de imagens alinhavadas por um eixo central, a história versa sobre a desilusão de um marceneiro, artesão de caixões, que, ao chegar à velhice, depara-se com a solidão e a sucessão de perdas que acumulou ao longo dos anos. A morte da mulher - com a qual conviveu por 52 anos, mas que nunca lhe despertou um gesto de afeto - desencadeia um gradativo processo de sensibilização e encontros que culminará com o enfrentamento de sua própria morte.

“O espetáculo Réquiem já esteve no Centro Cultural São Paulo, no SESC Santos e agora segue no Teatro João Caetano, em São Paulo, e em todas as apresentações que realizamos pudemos comprovar o impacto do espetáculo, sempre com um retorno muito positivo do público e da crítica”, conta Priscilla.

“Réquiem aborda questões fundamentais da existência humana, sendo a principal delas, o significado da morte e da vida. Nada de novo ou revolucionário na temática de Hanoch Levin. Mas, como ocorre frequentemente com os grandes mestres, Réquiem é uma obra que fascina, seja pela franqueza com que aborda temas universais, seja pela beleza das imagens que sugere. Aos espectadores fica uma sensação: a de um encontro aberto e direto com o mistério, com uma constelação de homens e mulheres imbuídos da certeza de que a vida será sempre um eterno embate entre ignorância e conhecimento. Em meio a esta certeza, aparece o sonho, que faz com que estes mesmos homens e mulheres não admitam abrir mão da esperança, mesmo sabedores de que o horizonte é feito de obstáculos, às vezes, inevitáveis”, acrescenta Francisco Medeiros.
Com algumas apresentações já agendadas pelo interior de São Paulo, em unidades do SESC, a produção planeja agora uma turnê por diversas cidades brasileiras, em diferentes estados.

“Estamos certos de que Réquiem é um espetáculo que dialoga abertamente com os mais
diferentes públicos, de diversas faixas etárias, classes sociais ou grau de instrução. Réquiem afeta o que há de mais reveladoramente humano - os sentimentos, as sensações e a simplicidade e fragilidade do simples fato de estarmos vivos”, conclui Dinah, que neste momento está em busca de patrocinadores para esta nova etapa do projeto.

O projeto de Circulação da peça teatral Réquiem está inscrito na Lei de Incentivo Fiscal à Cultura, Lei Rouanet, que permite que pessoas física e jurídica patrocinem produtos culturais, obtendo para isso isenção fiscal. "O apoio da iniciativa privada é fundamental para a execução do projeto e para o fomento da produção cultural do país. Acredito que associar a marca de uma empresa com um texto que nos toca tão profundamente é, sem dúvida, uma maneira eficiente e especial de promoção e divulgação", afirma Priscilla.

Empresas e pessoas interessadas podem contatar a produção do espetáculo Réquiem pelo email espetaculorequiem@gmail.com

Algumas manifestações da Crítica Internacional:

“Uma majestosa tapeçaria poética com vida sobre o palco”. (The London Guardian).
“Por um teatro como esse você pode esperar anos, às vezes uma vida inteira.” (Polin, 2001).
“Uma dupla experiência especial: Réquiem é uma peça que une Beckett e Brecht – como se seus espíritos estivessem pelo hall do teatro”. (Germany, Hannoversche Allgemeine Zeitung, 2000).
“A morte aqui não é somente bonita e poética. Mas também uma grande vitória teatral” (Ma’ariv).
“Vá e assista a essa peça. É uma das melhores escritas por Hanoch Levin”. (Ha’aretz).
“Com Réquiem, Hanoch Levin atinge seu auge na arte do teatro”. (Jerusalem Post).

Algumas manifestações da Crítica Nacional:

Jovens atores fazem um belo espetáculo sob a direção de Francisco Medeiros. Obra construída de semitons, o texto caiu nas mãos certas de jovens intérpretes que tateiam o palco com uma feliz descoberta, disponíveis e intensos. A encenação tem o mérito de dominar o que é sépia, silêncio, apenas sonata, o que transparece na interpretação de Francisco (Chico) Carvalho, o fazedor de caixões, um talento tranquilo e firme. Em sintonia com ele estão André Blumenschein, Dinah Feldman, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Priscila Herrerias e Fernanda Viacava. (Jefferson Del Rios. Jornal O Estado de S. Paulo)

Ontem fui assistir a um espetáculo este sim brilhante – Réquiem, do dramaturgo israelense Hanoch Levin, em cartaz no Centro Cultural São Paulo.
Eu não acho que nada na vida seja obrigatório, mas se for possível abrir uma exceção aqui, eu diria que Réquiem é um espetáculo obrigatório. (Sérgio Roveri. Jornalista e Dramaturgo)
Sob a detalhista e inspirada direção de Francisco Medeiros, a montagem emociona e, sobretudo, desperta um interesse maior diante do autor. (Dirceu Alves Jr. Crítico Revista Veja SP)

A peça de Levin tem ótima direção do experiente Francisco (ou Chiquinho)
Medeiros, assim como jovens atores que prometem: Chico Carvalho está maravilhoso como todas as vezes que o vimos em cartaz, outros atores também dão conta do recado. É o caso de Dinah Feldman, André Blumenschein, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias. Quem gosta de teatro muito dramático não deve perder. Não só pela modernidade do texto escrito há exatos dez anos, como pelo talento da moçada. (Maria Lúcia Candeias. Doutora em teatro pela USP, professora da Unicamp, crítica do site Aplauso Brasil e membro da Comissão do Prêmio APCA.)

Tive o prazer de prestigiar a estréia do espetáculo Réquiem no Centro Cultural São Paulo, dirigido por Francisco Medeiros, um artista que está sempre em atividade. Chico Medeiros é um diretor que sempre valoriza a interpretação do ator e desta vez não foi diferente. Os atores fogem do estereótipo e valorizam as emoções dos personagens. O cenário vai se transformando a partir da manipulação dos objetos de cena e os figurinos caracterizam adequadamente os personagens. A trilha e a luz enfatizam na encenação a dualidade entre a vida dura e o lúdico da morte. (Nanda Rovere. Jornal Spiner)

Quem conduz as histórias de uma maneira ou outra é o Velho, que ganha vida com a interpretação forte e graciosa de Chico Carvalho. (Fabiana Seragusa. Folha Online)

SERVIÇO:
RÉQUIEM


Até 31 de maio de 2009.
Teatro João Caetano. Rua Borges Lagoa, 650 - (11) 5549-1744.
Elenco: André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabricio Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias.
Sextas e sábados, às 21h e domingos às 19h.
Duração: 60 minutos. Classificação etária: 14 anos.
Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00.
BLOG: http://www.requiemlevin.blogspot.com/

"RÉQUIEM" - EM CARTAZ NO TEATRO JOÃO CAETANO.

Lirismo de "Réquiem" volta a São Paulo para temporada no TEATRO JOÃO CAETANO.

Folha Online

O espetáculo "Réquiem", escrito pelo dramaturgo israelense Hanoch Lenin com base em três contos do escritor russo Anton Tchekhov, reestreia nesta sexta-feira (3) no teatro João Caetano (região sul da capital paulista). Os ingressos custam R$ 10, mas, neste primeiro fim de semana (dias 3, 4 e 5), as apresentações serão gratuitas.

"Réquiem", que utiliza lirismo para mostrar a falta de sentido da vida, reestreia nesta sexta-feira no teatro João Caetano, em São Paulo

A peça fica em cartaz até 31 de maio, com sessões às sextas-feiras (21h), sábados (21h) e domingos (19h).

Com o uso de uma linguagem lírica, a montagem retrata a morte de pessoas queridas e o impacto causado por essas perdas, além de mostrar como a falta de atenção com as coisas que realmente importam pode gerar dor e arrependimento quando se está próximo do fim da vida.

As relações superficiais entre homens e mulheres e o universo de humor e magia que pode ser encontrado após a vida são outros assuntos abordados durante a peça.

O elenco é formado por André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias.
Direção de Francisco Medeiros - 60 minutos.

RÉQUIEM REESTRÉIA SEXTA FEIRA - 3 DE ABRIL!


RÉQUIEM - REESTRÉIA DIA 3 DE ABRIL NO TEATRO JOÃO CAETANO!

Sextas e sábados, às 21h e domingos às 19h. Temporada de 03 de abril a 31 de maio.

RÉQUIEM – Reestréia dia 03 de abril de 2009, sexta-feira, às 21h, no Teatro João Caetano. Texto: Hanoch Levin. Tradução: Priscilla Herrerias. Direção: Francisco Medeiros. Com: André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabricio Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias.


Teatro João Caetano (438 lugares). Rua Borges Lagoa, 650 – Vila Clementino (próximo à estação Santa Cruz do Metrô). Informações: (11) 5549-1744. A bilheteria abre uma hora antes do espetáculo.

Dividida em 15 cenas curtas, a história versa sobre a desilusão de um marceneiro, artesão de caixões, que, ao chegar à velhice, depara-se com a solidão e a sucessão de perdas que acumulou ao longo dos anos. A morte da mulher com a qual conviveu por 52 anos, mas que nunca lhe despertou um gesto de afeto, desencadeia um gradativo processo de sensibilização e encontros que culminará com o enfrentamento de sua própria morte.

Duração – 60 minutos. Classificação etária: 14 anos. Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00 (para estudantes, idosos, portadores de deficiência, Clube Folha, Apeoesp, Unibes, Sindicato dos Bancários, Catraca Livre e classe artística).

RÉQUIEM NA IMPRENSA:

 
 
Jovens atores fazem um belo espetáculo sob a direção de Francisco Medeiros. Obra construída de semitons, o texto caiu nas mãos certas de jovens intérpretes que tateiam o palco com uma feliz descoberta, disponíveis e intensos. A encenação tem o mérito de dominar o que é sépia, silêncio, apenas sonata, o que transparece na interpretação de Francisco (Chico) Carvalho, o fazedor de caixões, um talento tranquilo e firme. Em sintonia com ele estão André Blumenschein, Dinah Feldman, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Priscila Herrerias e Fernanda Viacava.
Jefferson Del Rios
Crítico do jornal O Estado de S. Paulo
 
Ontem fui assistir a um espetáculo este sim brilhante – Réquiem, do dramaturgo israelense Hanoch Levin, em cartaz no Centro Cultural São Paulo.
Eu não acho que nada na vida seja obrigatório, mas se for possível abrir uma exceção aqui, eu diria que Réquiem é um espetáculo obrigatório.
Sérgio Roveri
Jornalista e Autor Teatral
 
 
Sob a detalhista e inspirada direção de Francisco Medeiros, a montagem emociona e, sobretudo, desperta um interesse maior diante do autor.
Dirceu Alves Jr.
Crítico Revista Veja
 
A peça de Levin tem ótima direção do experiente Francisco (ou Chiquinho)
Medeiros, assim como jovens atores que prometem: Chico Carvalho está maravilhoso como todas as vezes que o vimos em cartaz, outros atores também dão conta do recado. É o caso de Dinah Feldman, André Blumenschein, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias.
Quem gosta de teatro muito dramático não deve perder. Não só pela modernidade do texto escrito há exatos dez anos, como pelo talento da moçada.
Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP, professora da Unicamp, crítica do site Aplauso Brasil e membro da Comissão dos prêmios Shell e APCA.
 
Tive o prazer de prestigiar a estréia do espetáculo Réquiem no Centro Cultural São Paulo, dirigido por Francisco Medeiros, um artista que está sempre em atividade. Chico Medeiros é um diretor que sempre valoriza a interpretação do ator e desta vez não foi diferente. Os atores fogem do estereótipo e valorizam as emoções dos personagens.  O cenário vai se transformando a partir da manipulação dos objetos de cena e os figurinos caracterizam adequadamente os personagens. A trilha e a luz enfatizam na encenação a dualidade entre a vida dura e o lúdico da morte.
Nanda Rovere
Jornal Spiner
 
Quem conduz as histórias de uma maneira ou outra é o Velho, que ganha vida com a interpretação forte e graciosa de Chico Carvalho.
FABIANA SERAGUSA
Folha Online
AGENDA: RÉQUIEM:
DIA 25 DE ABRIL - APRESENTAÇÃO NO SESC SANTOS!
COMPAREÇAM!!!
"RÉQUIEM" - de Hanoch Levin

últimos dias - até dia 5 de março no Centro Cultural São Paulo.

Terças, quartas e quintas às 21hs.

direção: Francisco Medeiros.

"RÉQUIEM" - NO JORNAL "O ESTADO DE SÃO PAULO"

Terça-Feira, 17 de Fevereiro de 2009
 
A esperança diante dos infortúnios existenciais
Réquiem revela ao público brasileiro Hanoch Levin, poeta que soube retomar o caminho de Chekhov.
Jefferson Del Rios
 
Réquiem, como se sabe, é uma peça musical para homenagem póstuma, geralmente durante a missa. Sua base é cristã, mas o termo latino tornou-se universal como prova essa peça de um israelense filho de judeus poloneses sobreviventes do Holocausto. Hanoch Levin (1943-1999) é o compassivo poeta dramático que soube retomar o caminho de Anton Chekhov (1860-1904) e guardar sua singularidade. O tema que desenvolve vem de três contos do autor russo que se dedicou a escrever sobre pequenos infortúnios existenciais. Para ambos, a vida no geral está longe de ser épica. No mais das vezes, é povoada por pessoas anônimas e banais, como o fabricante de caixões funerários desse enredo. Percebe-se o humor absurdo da história ao ouvi-lo reclamar da falta de mortos para que possa ganhar a vida (consta que Bach teria feito a mesma queixa quando lhe faltaram encomendas de músicas para mortos de posses).

O homem obscuro de Levin percorre caminhos desolados numa jornada com gente e episódios que o fazem pensar no sentido da vida. Sua tomada de consciência se dá, finalmente, diante de uma criança morta. Sim, é um réquiem, mas nele cabem fantasia, alguma graça, drama, risos ocasionais. Com tais elementos, jovens atores fazem um belo espetáculo sob a direção de Francisco Medeiros. Com o apoio do Centro da Cultura Judaica de São Paulo, é a primeira vez que se encena Levin no Brasil.

Esse dramaturgo de vida relativamente curta amplia o circulo dos escritores judeus que sabem tratar de forma profunda a questão do homem desenraizado, no espaço, tempo, e de si mesmo perante outras culturas. Os judeus da Europa Central viveram esse dilema expresso nos romances do grande Joseph Roth, cuja vida marcada por impasses está analisada com brilho por Luis S. Krausz em Rituais Crepusculares - Joseph Roth e a Nostalgia Austro-Judaica (Ed. Edusp).

Judaísmo, contudo, é aqui uma questão implícita. Levin não se apega a uma nacionalidade especifica - nem mesmo aos russos chekhovianos -, mas ao homem universal diante do cosmo e do cotidiano. Não há nomes, locais e datas reconhecíveis, mas a sempre relembrada e incontornável "condição humana". Com brandas palavras, permite o fluir da existência de gente descaminhada, prostituída, os esfarrapados de corpo e alma. Ao mesmo tempo, deixa passar um fio de esperança para todos eles. Sua dramaturgia se define na fala de Os Barões da Borracha, outra de suas peças: "Oh, este instante no teatro, quando as luzes da plateia já se apagaram e as luzes do palco ainda não se acenderam! E a plateia, sentada no escuro, esperando no silêncio, todas as expectativas, os sonhos todos de milhares de pessoas com um único foco, um único ponto na escuridão diante deles. Tenho a sensação de que tenho vivido este momento minha vida inteira, esperando no escuro."

Obra construída de semitons, o texto caiu nas mãos certas de jovens intérpretes que tateiam o palco com uma feliz descoberta. Estão ali em cena, disponíveis e intensos. Não há lances retóricos, grandiloquências, como se percebe em Chekhov e, agora, em Hanoch Levin. Reger essa partitura de subentendidos é tarefa para diretor experiente, e Francisco Medeiros faz a ponte entre gerações com seu elenco. A encenação tem o mérito de dominar o que é sépia, silêncio, apenas sonata, o que transparece na interpretação de Francisco (Chico) Carvalho, o fazedor de caixões, um talento tranquilo e firme. Em sintonia com ele estão André Blumenschein Dinah Feldman, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Priscila Herrerias e Fernanda Viacava.

Réquiem estabelece, assim, o clima de fantasia e quase otimismo que Levin manifesta ainda em Os Barões da Borracha: "Logo a cortina vai abrir, o palco será inundado com uma luz surpreendente e uma vida cheia de cores vai começar a fluir na minha frente. É, logo uma vida multicolorida vai surgir, amanhecer, uma vida magnífica nunca antes vista por ninguém."

É o instante em que a magia teatral transforma lamento fúnebre na paz do adágio.

Serviço

Réquiem. De Hanoch Levin. Centro Cultural São Paulo. R. Vergueiro, 1.000, 3383-3402. 3.ª a 5.ª, 21 h. R$ 10. Até 5/3

Folha de S. Paulo/Lucas Neves, 28/01/2009



São Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

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Peça mostra obra de dramaturgo israelense à plateia paulistana

Hanoch Levin, que nunca teve textos montados no país, é autor de "Réquiem"

Lenise Pinheiro/Folha Imagem
Ensaio da montagem dirigida por Francisco Medeiros, em cartaz no Centro Cultural São Paulo

LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Fabricante de caixões num vilarejo em que "quase ninguém morre", o Velho bronqueia logo de partida: com "tudo se agarrando à vida feito praga", não há guerra ou epidemia que viabilize sua atividade.
No decorrer de "Réquiem", peça do israelense Hanoch Levin (1943-1999), nunca montado no Brasil, a morte o convidará repetidamente a rever as aspirações pequeno-burguesas. A primeira a partir será sua mulher, vencida pelo tifo e pela indiferença do companheiro.
Em seguida, o Velho fixará o olhar no recém-nascido que não resiste a queimaduras. E antes de se haver com seu próprio fim, ainda ouvirá o cocheiro balbuciar a perda do filho. A dramaturgia é inspirada em três contos de Tchecov: "O Violino de Rotschild", "No Fundo do Barranco" e "Angústia".
"De uma maneira ou de outra, a vida se encarrega de surpreender o ser humano com aventuras que o induzem a ampliar sua visão. Esse é o percurso que o personagem faz. Ele não percebe, mas é evidente que a intolerância e o preconceito, se não morrem, ao menos se enfraquecem dentro dele, para dar lugar à desconfiança de que o carinho é possível, o outro é um fato concreto", diz o diretor, Francisco Medeiros.
Ele frisa que não se trata de "uma peça de autoajuda, em que o personagem só vai em direção à luz". "Há retrocessos, paradoxos, como em todo ser humano. Esse caminho de revelação, amadurecimento, no fim das contas, leva à morte."

Paralelo com a guerra
Nesse percurso, afirma o diretor, a jovem de 17 anos que leva nos braços o filho morto, "torrado com água fervente em uma disputa de herança", servirá como uma figura desestabilizadora das convicções do Velho. "Difícil não pensar na guerra árabe-israelense ou na violência urbana", diz Medeiros.
Na mãe precoce que diz ter passado a vida a varrer, lavar e esperar (em vão) numa fila por um punhado de açúcar, o diretor também vê um espelho do conformismo contemporâneo.
"Quantas vezes o nosso ideal de felicidade é caber na realidade, e não fazer com que ela se flexibilize para conquistarmos um espaço?"

RÉQUIEM
Quando: ter., qua. e qui., às 21h; até 5/3
Onde: Centro Cultural São Paulo - sala Jardel Filho (r. Vergueiro, 1.000, tel. 3397-4002)
Quanto: R$ 10
Classificação: não indicada a menores de 14 anos



São Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

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DRAMATURGO ESCREVEU MAIS DE 60 PEÇAS

Poeta, romancista, compositor e dramaturgo, Hanoch Levin iniciou sua carreira teatral com textos que satirizavam a política israelense. Logo colecionou desafetos. Na década de 70, várias de suas peças sofreram cortes ou tiveram as temporadas interrompidas por causa de seu conteúdo "desconfortável". "Réquiem" é seu penúltimo trabalho; Levin já estava hospitalizado quando dirigiu a primeira montagem, em Tel Aviv.


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ESTRÉIA DIA 27 DE JANEIRO, NO CENTRO CULTURAL SP. Terças, quartas e quintas, às 21hs, até 5 de março. Direção: Francisco Medeiros.

Réquiem estréia no Centro Cultural São Paulo


Réquiem - do premiado autor Hanoch Levin - estréia no Centro Cultural São Paulo em janeiro de 2009, com direção de Francisco Medeiros

Em 2009, dez anos após sua morte, o público brasileiro tem a oportunidade de assistir à primeira encenação de uma obra de Levin em solo nacional


As produtoras Dinah Feldman e Priscilla Herrerias, com apoio do Centro da Cultura Judaica, trazem ao público o espetáculo teatral Réquiem. O autor Hanoch Levin, referência obrigatória no panorama teatral e literário de Israel, é reconhecido mundialmente como um dos artistas mais inquietantes da literatura e da cena contemporâneas. Com um elenco de sete atores, sob direção de Francisco Medeiros, o espetáculo ocupará a Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo. Inspirada em três contos do mestre Anton Tchékhov, Réquiem é estruturada em 15 cenas curtas como um afresco de imagens alinhavadas por um eixo central: uma estrada e o percurso de um Velho por diferentes caminhos, encruzilhadas, esperas, partidas e chegadas. Fica em temporada de 27 de janeiro a 05 de março de 2009 em São Paulo.

Vencedora do 2ª Concurso Centro da Cultura Judaica de Montagem Teatral, a montagem do espetáculo Réquiem, idealizada por Priscilla Herrerias e Dinah Feldman, traz, aos palcos brasileiros, um texto cheio de vitalidade e relevante para o cenário contemporâneo, aclamado internacionalmente. Com direção do premiado encenador Francisco Medeiros, a montagem de Réquiem - que estréia dia 27 de janeiro de 2009, quinta-feira, às 21h, fica em temporada, na sala Jardel Filho, de terça a quinta até 05 de março.

O texto de Hanoch Levin chegou até as mãos da produção como uma grata e feliz surpresa, apresentado pelo senhor Ifat Tubi, do Teatro Cameri de Tel Aviv. Este primeiro contato foi como um despertar para um mundo novo – o universo dramatúrgico de Levin. De estrutura simples, o texto de Hanoch Levin fala sobre a morte e, assim, versa intensamente sobre a vida. Personagens aparentemente muito diferentes, de um tempo do “sempre”, acabam se unindo, se encontrando e desencontrando durante o percurso da peça.

Pelo texto de Hanoch Levin, abordamos questões fundamentais que fazem parte das indagações de todos os homens, de todos os tempos – o significado da morte e da vida, a solidão de cada um de nós e as relações pessoais que estabelecemos com os outros indivíduos a nossa volta. Desprovido de qualquer tipo de julgamento, Réquiem expõe estas questões para os espectadores de maneira simples, com personagens que tentam a todo o momento dizer o que realmente pensam, e vivem o presente da cena.

A montagem de Réquiem, através de uma encenação contemporânea, que respeita acima de tudo a imaginação e inteligência do espectador, pretende discutir as questões contidas na obra de uma maneira artística, sem impor respostas, mas apresentando situações dramáticas fundamentadas e originadas por estas perguntas.

Réquiem, de Hanoch Levin

Uma celebração da vida no encontro com a morte

“ Oh, este instante no teatro, quando as luzes da platéia já se apagaram e as luzes do palco ainda não se acenderam!

E a platéia, sentada no escuro, esperando no silêncio, todas as expectativas, os sonhos todos de milhares de pessoas com um único foco, um único ponto na escuridão diante deles.

Tenho a sensação de que tenho vivido este momento minha vida inteira, esperando no escuro.

Logo a cortina vai abrir, o palco será inundado com uma luz surpreendente e uma vida cheia de cores vai começar a fluir na minha frente. ?

É, logo logo uma vida multicolorida vai surgir, amanhecer, uma vida magnífica nunca antes vista por ninguém.”

...

Como naquele momento, há vinte anos, as luzes da platéia tinham se apagado e as luzes do palco ainda não estavam acesas, o momento em que, sentados esperávamos no escuro, todos os sonhos direcionados para um único foco na escuridão.

E então a velha cortina se abre, uma luz amarelada e mortiça invade o palco e três seres miseráveis, entre caixas de papelão e trapos perturbam nossas vidas como se houvesse alguma coisa que ainda não sabemos.”



Estes dois trechos de “Os Barões da Borracha”, peça de Hanoch Levin, são falas de uma mesma personagem, com um intervalo de 20 anos. E ilustram de maneira exemplar a maneira como o teatro de Hanoch Levin atinge a platéia. Magia e encantamento convivem de maneira insólita com o grotesco e o desencanto.

Hanoch Levin é daqueles artistas impossíveis de serem enquadrados numa escola ou num estilo. Ativista incansável, nunca economizou palavras ou imagens para suturar com bisturi afiado o corpo da civilização atual e, mais particularmente as contradições do seu povo.

Hanoch Levin – o autor




Nascido em 18 de dezembro de 1943, Hanoch Levin é filho de emigrantes poloneses sobreviventes do Holocausto. Com a morte prematura do pai, logo cedo teve que trabalhar e passou a juventude nas áreas pobres de Tel Aviv. Depois do serviço militar obrigatório, decide estudar Filosofia e Literatura Hebraica na Universidade de Tel Aviv e, na década de 60, escreve poemas, contos e uma peça radiofônica, além de numerosos artigos para jornais estudantis.

Seu talento de escritor já chamava a atenção dos editores, o que o animou a se aproximar de uma companhia teatral e escrever esquetes de humor negro apresentados sob a forma de cabaré. Depois de um período de peças cáusticas, sua escrita afiada e impiedosa se volta para temas míticos, obras envoltas numa aura de mistério e de lirismo. Como não podia deixar de ser num artista engajado explicitamente com seu mundo, a morte e a violência são personagens recorrentes, utilizados para denunciar a arbitrariedade, a intolerância e o autoritarismo.

Trabalhador incansável e um dos mais importantes escritores israelenses, Levin publicou peças, esquetes, romances, poesia e canções. Sua obra teatral constitui-se de 63 peças, das quais vinte ainda permanecem inéditas. Além de escritor foi também diretor de 22 de suas peças, função que desempenhava também com rigor e ousadia. Hanoch Levin morreu em 18 de agosto de 1999, vítima de um câncer depois de longa agonia. Ao contrário de muitos autores, Levin não deixou para trás gavetas cheias de material. Nos últimos anos de sua vida, foram publicados 17 volumes de seu trabalho: 11 volumes de peças teatrais, 3 de prosa, 2 de pequenas cenas e canções e um volume de poemas. Há ainda dois volumes de livros para crianças.

Réquiem é uma de suas últimas peças e foi dirigida pelo autor do leito do hospital. A encenação feita para o Teatro Cameri – uma das mais importantes companhias do teatro israelense - permanece até hoje no repertório, tendo recebido inúmeros prêmios e apresentada nos mais importantes festivais do mundo e em constantes excursões pelo Oriente e pelo Ocidente.

No início da carreira, Hanoch Levin não hesitou em criar obras em que satirizava a sociedade: seu ímpeto era tamanho que provocou celeuma e chegou a ser renegado pelo público. Uma de suas criações deste período, “a Rainha da Banheira” foi proibida depois de 18 sessões. Apesar das dificuldades, a crítica especializada jamais deixou de reconhecer seu talento.

Com o passar dos anos, sua visão arguta e seu talento se impuseram ao público. Levin é hoje considerado o Tchékhov, ou o Beckett , ou o Shakespeare do teatro de Israel.
Por que comparado a autores tão díspares?

Exatamente porque, como criador, Levin se aventura com grande destemor por diferentes estilos e, com grande sensibilidade, delineia contornos paradoxais do ser humano, como também mergulha na mais deslavada paródia sem esquecer-se de percorrer os labirintos metafísicos da alma humana. Opressores e oprimidos, fortes e fracos, visionários e incrédulos, seus personagens estão quase sempre em confronto aberto, usados como veículos para uma crítica áspera à burguesia.

A exuberância de suas obras contrasta com seu temperamento discreto, sem atração pelas luzes da mídia. Hanoch Levin concedeu pouquíssimas entrevistas em seus mais de 30 anos de trabalho ininterrupto, e dizia sempre que suas obras já falavam tudo que tinha a dizer. Esta timidez contrasta com a eloqüência de seus personagens que nunca poupam nada nem ninguém quando manifestam suas opiniões a respeito do homem e da vida.

Revisor obstinado de seus escritos, como encenador Levin era visto com freqüência nas últimas fileiras da platéia assistindo e tentando convencer os intérpretes a se manterem abertos a permanentes reformulações. Agarrado à vida com unhas e dentes, Levin ensaiava até a última sessão de uma temporada, assim como se manteve em atividade até quase o último suspiro.

Hanoch Levin é referência obrigatória no panorama teatral e literário de Israel, reconhecido mundialmente como um dos artistas mais inquietantes da literatura e da cena contemporâneas. No Brasil é quase completamente desconhecido. Em 2008, o público paulista teve a oportunidade de conhecer duas de suas obras em leituras dramáticas programadas pelo Centro da Cultura Judaica, com a curadoria de Silvana Garcia: Murder, que trata do conflito árabe-israelense, e, mais recentemente, o próprio Réquiem. Mesmo no formato de leituras dramáticas, pela reação do público foi possível avaliar o alto poder de afetação do teatro de Hanoch Levin. E agora, em 2009, dez anos após sua morte, o público brasileiro tem a oportunidade de assistir à primeira encenação de uma obra de Levin em solo nacional.

Réquiem – Um Tchékhov revisitado




Inspirada em três contos do mestre Anton Tchékhov, Réquiem é estruturada em 15 cenas curtas quase como um afresco de imagens alinhavadas por um eixo central: uma estrada e o percurso de um Velho por diferentes caminhos, encruzilhadas, esperas, partidas e chegadas.

Os personagens não têm nome, são chamados de Velha, Bêbados, Prostitutas, Cocheiro, Mãe, arquétipos explícitos que aparecem ao personagem central – o Velho - numa sucessão de encontros, desencontros, nascimentos, mortes, zonas de luz e de trevas, curvas, desvios de rota, retornos, enfim, uma alegoria da vida.

As imagens dos contos de Tchékhov cintilam pela peça numa convivência inusitada, surpreendente. O grande autor russo está lá, mas não de forma explícita, muito menos reverencial. Pastiche, intertextualidade, subversão de formas e estruturas consagradas dão origem a uma peça teatral construída a partir de fragmentos e de uma ousada não-linearidade.

O que parece mover todos os seres que habitam este universo é uma polaridade: o impulso de viver e o terror de morrer. Nada de novo ou revolucionário na temática de Hanoch Levin, nada de revolucionário também em sua escritura cênica. Mas, como ocorre freqüentemente com os grandes mestres, Réquiem é uma obra que fascina pela combinação incomum de vários elementos que constituem a cena dos nossos dias.

Beckett, Brecht, Artaud, Ibsen, Strindberg e, claro, o próprio Tchékhov são influências marcantes.

A sensação artaudiana de que “o céu está para cair sobre nossas cabeças” a qualquer momento está lá, presente, assim como uma galeria de seres atônitos em busca de algum sentido diante do absurdo da existência. Sem se esquecer dos personagens com um olho sempre atento, pronto para capturar a vida que parece escapar pelos dedos.

Aos espectadores resta uma sensação: a de um confronto aberto e direto com o mistério, com uma constelação de homens e mulheres imbuídos da certeza de que a vida será sempre um eterno embate entre ignorância e conhecimento.

Em meio a esta certeza, aparece freqüentemente o sonho que intensifica os fluídos do corpo e que faz com que os personagens não admitam abrir mão das esperanças, mesmo sabedores de que o horizonte é feito de catástrofes inevitáveis.

Talvez aí resida o fascínio da obra de Hanoch Levin: nessa capacidade de desconcertar artistas e público. De arrancar todos da cômoda constatação da miséria e arremessar todos no vácuo dos questionamentos, no silêncio do não-saber, no espanto de quem teima em querer viver, apesar de. Esta combinação “impossível” de rejeição e atração mantém o impacto que a obra de Levin provoca sobre as platéias.

Algumas manifestações da Crítica Internacional




“Uma majestosa tapeçaria poética com vida sobre o palco.” (The London Guardian).
“Por um teatro como esse você pode esperar anos, às vezes uma vida inteira.” (Polin, 2001).
“Uma dupla experiência especial: Réquiem é uma peça que une Beckett e Brecht – como se seus espíritos estivessem pelo hall do teatro.” (Germany, Hannoversche Allgemeine Zeitung, 2000).
“A morte aqui não é somente bonita e poética. Mas também uma grande vitória teatral.” (Ma’ariv).
“Vá e assista a essa peça. É uma das melhores escritas por Hanoch Levin.” (Ha’aretz).
“Com Réquiem, Hanoch Levin atinge seu auge na arte do teatro.” (Jerusalem Post).

Sinopse



Um Velho percorre uma estrada. Nela vai se encontrar com personagens, imagens e sensações que o fazem despertar para perguntas sobre o sentido da existência.
Comédia, poesia, magia e drama numa combinação inusitada, marca registrada de um dos mais importantes artistas israelenses da atualidade.

Sobre Tchékhov

Réquiem é baseada em três contos do autor russo Anton Tchékhov: O Violino de Rotschild, No Fundo Do Barranco e Angústia. Médico, contista e dramaturgo, Tchékhov (1860 – 1904) foi um dois maiores escritores russos de todos os tempos e na esfera teatral contribuiu imensa e revolucionariamente. Escreveu peças em um ato em forma de vaudevilles e farsas, e apenas cinco peças longas. Estas são consideradas obras-primas devido à escrita precisa e econômica de Tchékhov, à profundeza e riqueza psicológica das personagens e as relações estabelecidas entre elas.Escreveu inúmeros contos, publicados em jornais russos da época. Estes abordam situações cotidianas e aparentemente banais, sem deixar de pontuar sutilezas e detalhes ao retratar camponeses, funcionários públicos, bêbados, velhos e moços. Tchékhov queria que seus contos retratassem a vida como ela é. E foi isso que fez. Livre de sentimentalismos e possuidor de um humor extremamente particular, Tchékhov, observador, nos fornece em seus contos pequenos pedaços de vida, que tocam os leitores até os dias de hoje.

Sobre seu próprio trabalho, Tchékhov escreveu: “Tudo o que eu queria era dizer honestamente para as pessoas: ‘Dêem uma olhada em suas vidas e vejam o quão ruim elas são! ’ O mais importante é que as pessoas percebam isto, porque quando o fizerem, elas certamente criarão uma outra vida e melhor. Não viverei para vê-lo, mas sei que será diferente de nossa vida atual. Até esta nova vida aparecer, eu continuarei a dizer às pessoas: ‘Por favor, entenda que sua vida é ruim e escura!’”

Francisco Medeiros - Direção

Encenador com marcantes trabalhos realizados nas áreas de teatro e dança, distingue-se pelo acabamento e precisão que imprime à cena. Ao mesmo tempo em que conclui sua formação como diretor teatral na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA/USP, Francisco Medeiros trabalhou com dança, nos grupos Stagium, Ruth Rachou e Maria Duchenes. Sua primeira direção é Fando e Lis, de Fernando Arrabal, em 1972. Após diversos trabalhos de pesquisa em dança e teatro dirige, em 1977, Coragem, Antes que Nos Fechem Aqui Dentro, de Miguel Oniga, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, MAM/RJ. O infantil Tronodocrono, de José Rubens Siqueira e Gabriela Rabelo, em 1983, projeta-o como um diretor sensível. No ano seguinte está em O Cárcere Secreto, também de José Rubens Siqueira, montado no Estúdio de Atores do Teatro Popular do Sesi, TPS, e em Simón, de Isaac Chocrón, apresentado no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC.

Em 1984, encena um de seus maiores sucessos até hoje, Artaud, O Espírito do Teatro, colagem de textos do visionário homem de teatro francês organizada por José Rubens Siqueira, recebendo um Molière pela criação. Em 1986 cria, na Escola de Arte Dramática, EAD, Criança Enterrada, de Sam Shepard, solidificando seu prestígio. Em 1987 uma nova realização volta a projetá-lo: Depois do Expediente, texto sem palavras de Franz Xaver Kroetz, levando a atriz Ileana Kwasinski a receber o Molière do ano.

Junto a um grupo de artistas coordena, em 1990, o Projeto Maioridade de 68, no qual se distingue com a direção de Antares, de Alcides Nogueira, retratando os sonhos e expectativas daquela inquieta geração que marcou os anos 60. Homeless, de Noemi Marinho, é mais uma encenação bem-sucedida, criada em 1991.

Em 1995 assina duas realizações notáveis: uma encenação de A Gaivota, de Anton Tchekhov, realizada nos porões do Centro Cultural São Paulo, obtendo grande rendimento de um seleto grupo de atores e, com alunos da EAD, Marat-Sade, de Peter Weiss. Sherazade, de José Rubens Siqueira, devolve-o, em 1996, ao território das boas realizações infanto-juvenis; e, no ano seguinte, em outra de suas marcantes encenações, obtida a partir das entrevistas na obra de Nelson Rodrigues: Flor de Obsessão, com o grupo Pia Fraus Teatro, vencedora do Festival de Teatro Físico da Cultura Inglesa e, em Edimburgo, obtém o Angel Award do Fringe Festival, Prêmio Especial criado pelo Jornal The Herald para Melhor Produção Internacional no Festival de Edimburgo. No mesmo ano produz uma primeira versão para Avesso, de David Mamet; retomada em 2002 com o título de Uma Vida no Teatro, com Umberto e Beto Magnani. Suburbia, de Eric Bogosian, é outra incursão que chama atenção na temporada de teatro infanto-juvenil de 2001. Em 2002, dirige, para o TPS, Hamlet, de William Shakespeare.

Na área de dança, Francisco Medeiros está à frente de algumas expressivas criações, como Iribiri, dele e José Rubens Siqueira, coreografado por Sonia Motta, para a Cisne Negro Companhia de Dança, em 1978; e O Reino do Meio-Dia, de Antonio Nóbrega, criado em 1987.

Entre 1979 e 1981, Francisco Medeiros trabalha no Theatre for Latin America, de Nova York, onde dirige o festival de 1980. Ocasião em que realiza, entre outros, cursos e oficinas com destacados nomes da criação cênica, como Peter Brook; Meredith Monk, Lucinda Child e Trisha Brown; Bill Groves; e Lee Breuer e Joanne Akalaitis, integrantes do Mabou Mines, além do Bread And Puppet Theatre. Em 2003, dirige Pequeno Sonho em Vermelho de Fernando Bonassi que recebeu indicação ao PRÊMIO SHELL nas categorias Melhor Direção e Cenário e foi contemplado nas categorias Melhor Iluminação e Música e, em 2006, dirige A Noite Antes da Floresta de Bernard-Marie Koltès, indicado ao Prêmio SHELL nas categorias Melhor Ator e Melhor Iluminador. Além da direção de teatro e dança, distingue-se ainda como iluminador de inúmeras realizações e assina a encenação da ópera Eugene Oneguin, de Tchaikowski, realizada em 1995. Entre 1978 e 1980, torna-se crítico de teatro para crianças do Jornal da Tarde de São Paulo.

Segundo o dramaturgo José Rubens Siqueira, seu parceiro constante de trabalho, "a originalidade do teatro de Francisco Medeiros está num paradoxo: seus espetáculos partem de um achado sutil, de um viés de olhar capaz de atribuir uma fascinante estranheza até o mais banal dos assuntos. Essa abordagem fina, quase incorpórea, porém, é trabalhada corporalmente com os atores até atingir o paroxismo da sensação, física e emocional. Chico Medeiros trabalha a obra teatral no corpo e na alma dos intérpretes, evitando a todo custo desenhar o corpo do espetáculo no espaço cênico. Assim, a encenação resulta sempre do movimento mais íntimo e genuíno do intérprete. O traço mais marcante de seu trabalho é a elegância de sua contemporaneidade, na linha contrária da contemporaneidade explícita e vulgar do teatro formalista da virada do século XX".(Depoimento cedido a pesquisadora Johana Albuquerque. São Paulo, dez. 2002. Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro). Dirigiu mais de noventa espetáculos entre peças teatrais, óperas e espetáculos de dança. E recebeu os mais importantes prêmios da crítica teatral brasileira.

Ficha Técnica

Texto: Hanoch Levin

Direção: Francisco Medeiros

Tradução: Priscilla Herrerias, com a colaboração de Dinah Feldman, Francisco Medeiros, Lilian Froiman e Pablo Ferreira


Intérpretes:

André Blumenschein
Chico Carvalho
Dinah Feldman
Fabricio Licursi
Felipe Schermann
Fernanda Viacava
Priscilla Herrerias

Assistência de direção: Pablo Ferreira

Preparação Corporal: Tarina Quelho

Cenografia: Mauro Martorelli

Figurinos: Inês Sacay

Trilha Sonora: Alex Buck

Iluminação: Taty Kanter

Programação Visual: Claudio Canarim

Fotos: Claudio Canarim e Pablo Ferreira

Produção e Realização: Dinah Feldman e Priscilla Herrerias

Para roteiro

RÉQUIEM – Estréia dia 27 de janeiro de 2009, terça-feira, às 21h, na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo (324 lugares). Texto: Hanoch Levin. Tradução: Priscilla Herrerias. Direção: Francisco Medeiros. Elenco: André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabricio Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias. Encenada pela primeira vez no Brasil, a peça do premiado autor israelense mostra um velho que percorre uma estrada, onde encontra com personagens, imagens e sensações que o fazem despertar para perguntas sobre o sentido da existência. Comédia, poesia, magia e drama numa combinação inusitada, marca registrada de um dos mais importantes artistas da atualidade. Temporada – Terças, quartas e quintas-feiras às 21h, até 05 de março. Duração – 60 minutos. Classificação etária: 14 anos. Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00 (para estudantes, idosos e portadores de deficiência que apresentarem o bilhete único - passageiros especiais emitido pela SPTrans e o documento de identidade com foto). Sessão Popular no dia 03/02/2009. http://www.centrocultural.sp.gov.br/

Centro Cultural São Paulo. Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso (próximo à estação Vergueiro do Metrô). Informações: (11) 3397-4002/ 3383-3402. A bilheteria abre uma hora antes.

Contato da Produção
Priscilla Herrerias
Tel (11) 8684-4729
espetaculorequiem@gmail.com

Jornalista responsável
Dinah Feldman - MTB - SP 30.299
tel (11) 3663-1237 / 9144-6957
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