Réquiem estréia no Centro Cultural São Paulo


Réquiem - do premiado autor Hanoch Levin - estréia no Centro Cultural São Paulo em janeiro de 2009, com direção de Francisco Medeiros

Em 2009, dez anos após sua morte, o público brasileiro tem a oportunidade de assistir à primeira encenação de uma obra de Levin em solo nacional


As produtoras Dinah Feldman e Priscilla Herrerias, com apoio do Centro da Cultura Judaica, trazem ao público o espetáculo teatral Réquiem. O autor Hanoch Levin, referência obrigatória no panorama teatral e literário de Israel, é reconhecido mundialmente como um dos artistas mais inquietantes da literatura e da cena contemporâneas. Com um elenco de sete atores, sob direção de Francisco Medeiros, o espetáculo ocupará a Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo. Inspirada em três contos do mestre Anton Tchékhov, Réquiem é estruturada em 15 cenas curtas como um afresco de imagens alinhavadas por um eixo central: uma estrada e o percurso de um Velho por diferentes caminhos, encruzilhadas, esperas, partidas e chegadas. Fica em temporada de 27 de janeiro a 05 de março de 2009 em São Paulo.

Vencedora do 2ª Concurso Centro da Cultura Judaica de Montagem Teatral, a montagem do espetáculo Réquiem, idealizada por Priscilla Herrerias e Dinah Feldman, traz, aos palcos brasileiros, um texto cheio de vitalidade e relevante para o cenário contemporâneo, aclamado internacionalmente. Com direção do premiado encenador Francisco Medeiros, a montagem de Réquiem - que estréia dia 27 de janeiro de 2009, quinta-feira, às 21h, fica em temporada, na sala Jardel Filho, de terça a quinta até 05 de março.

O texto de Hanoch Levin chegou até as mãos da produção como uma grata e feliz surpresa, apresentado pelo senhor Ifat Tubi, do Teatro Cameri de Tel Aviv. Este primeiro contato foi como um despertar para um mundo novo – o universo dramatúrgico de Levin. De estrutura simples, o texto de Hanoch Levin fala sobre a morte e, assim, versa intensamente sobre a vida. Personagens aparentemente muito diferentes, de um tempo do “sempre”, acabam se unindo, se encontrando e desencontrando durante o percurso da peça.

Pelo texto de Hanoch Levin, abordamos questões fundamentais que fazem parte das indagações de todos os homens, de todos os tempos – o significado da morte e da vida, a solidão de cada um de nós e as relações pessoais que estabelecemos com os outros indivíduos a nossa volta. Desprovido de qualquer tipo de julgamento, Réquiem expõe estas questões para os espectadores de maneira simples, com personagens que tentam a todo o momento dizer o que realmente pensam, e vivem o presente da cena.

A montagem de Réquiem, através de uma encenação contemporânea, que respeita acima de tudo a imaginação e inteligência do espectador, pretende discutir as questões contidas na obra de uma maneira artística, sem impor respostas, mas apresentando situações dramáticas fundamentadas e originadas por estas perguntas.